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Não ignore a sua Dor. A Dor emite um pedido de ajuda e a necessidade de transformação pessoal.

A dor é uma experiência sensitiva e emocional desagradável, que pode está associada a uma lesão tecidual real ou potencial; nem sempre esta correlacionada a uma lesão tecidual, e sim a um estado emocional em desequilíbrio.

A dor quando não tratada corretamente afeta negativamente uma pessoa, comprometendo a qualidade de vida, com graves consequências.

Visto em pessoas que sofrem de dor lombar sem tratamento, com o passar do tempo causa morbidades e incapacidades funcionais; Acarretando no afastamento do trabalho, e causando auto custos econômicos e sociais.

A presença da dor aumenta o estresse psicológico que incita a liberação de citocina inflamatória e o sistema imune. Logo, o processo inflamatório quando persistente, contribui para a continuidade do ciclo da dor, provocando hipersensibilidade.

A ansiedade gerada pela dor, surge devido o medo do desconhecido, da existência de uma doença grava, incapacidade de resolver e possibilidade de morte; Toda via, a presença da dor sinaliza um estado de sofrimento, angustia, devido a um conflito interno, de forma consciente ou não.






FISIOLOGIA DA DOR


Os mecanismos fisiológicos da dor envolvem conceitos de sensibilização periférica e neuroplasticidade na duração da dor, com atuação a partir dos mediadores bioquímicos nas vias nociceptivas.

A dor percebida pelo sistema nervoso central, com as informações chegando até o encéfalo através de vias e circuitos neuronais.

A sensação da dor, varia entre as pessoas, é um acontecimento individual, e particular.

Sendo assim, a percepção da dor pelo córtex somatossensorial começa na via periférica, havendo a transformação do estimulo doloroso, de natureza mecânica, térmica ou química em sinal neuronal, chamado transdução. Onde acontece a transmissão por fibras neuronais do tipo A delta e C. Ocorrendo a conexão sináptica com neurônios localizados no corpo posterior da medula espinhal a um estimulo doloroso na via periférica.

As conexões centrais com o hipotálamo promovem a ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, ocorrendo secreção hormonal de cortisol, hormônio antidiurético, angiotensina II e glucagon, que promovem a resposta metabólica ao estresse, com hiperglicemia, retenção de água e sódio e aumento do consumo proteico e lipídico.


A classificação da dor é feita através do tempo de evolução, sendo aguda ou crônica. Onde a dor aguda é compreendida como uma resposta fisiológica normal do organismo na presença de um estimulo doloroso, com duração de menos de três meses para a cicatrização e reparos dos tecidos lesionados.

A dor aguda, atua como mecanismo de defesa, guardando a sobrevivência humana. Sentir a dor é fundamental para manter a integridade do organismo.

Age emitindo sinais ao cérebro, que por sua vez responde estimulando a produção de substâncias químicas inibidoras da dor, evitando que uma lesão gere dor durante todo o seu processo de cicatrização.


A dor crônica é aquela que persiste além do tempo de cicatrização ou que ultrapassa os três meses de duração. Uma pessoa que experimenta esse quadro, demonstra irritabilidade, depressão, insônia, estresse, e diversas alterações psicossociais.

Pode ser provocada por processos patológicos crônicos em órgãos e tecidos, por disfunção das estruturas do Sistema nervoso periférico ou central, e ou por fatores ambientais ou psicopatológicos. No entanto, não tem a função de defesa.

A fibromialgia, cefaleia, reumatismo, lombalgia, são exemplos de dor crônica.


Outra forma de classificar a dor é referente ao tipo de dor.

1- Dor nociceptiva - Surge de danos reais ou potenciais a tecidos não neuronais.

Vistas em dores traumáticas agudas e pós operatório.

2- Dor neuropática - Decorrente de lesão ou disfunção de estruturas dos sistema nervoso periférico ou central; Ocorrido na hérnia de disco com compressão radicular, túnel do carpo, queimadura, entre outras ocorrências.

3 - Dor Nociplástica - Não esta associada a nenhuma lesão tecidual, como visto na fibromialgia, e enxaqueca.

4 - Dor mista - é a combinação de todas os tipos descritos a cima, no mesmo individuo.


A evolução da dor aguda para crônica está relacionado á vários fatores, desde a intensidade da dor, como aspectos sociais e psicológicos; até mesmo genético.




Como a Dor é avaliada?


Sentir a dor é algo subjetivo e pessoal, depende de como cada um se comporta diante uma lesão, em diferentes momentos e circunstâncias de sua vida. Como raiva, medo, ansiedade, conhecimento, aprendizagem, experiências anteriores, crenças, atitudes, condições sócio/econômica, rede de apoio e estratégia de enfrentamento.


Avaliar a dor é complexo, uma vez que a percepção da dor envolve aspectos biológicos, emocionais, socioculturais, e ambientais.


Não existe exames laboratoriais ou testes objetivos. A avaliação é subjetiva, respeitando o relato do cliente/Utente e seus familiares.

A percepção dos profissionais de saúde geralmente é falha, com inclinação a subestimar a dor, enquanto os responsáveis tendem a valorizar a dor.

Para eficácia da avalição, toda história colhida precisa esta corretamente documentada, sendo necessário que o profissional conheça a etiologia, e intensidade da dor, para que possa ser implementado medidas de intervenção.

No entanto, existem alguns instrumentos padronizados de avaliação que ajudam a objetivar a subjetividade da dor, de forma que o cliente/Utente e o profissional possam quantificar sua dor e investigar de que forma a dor está interferindo no cotidiano da pessoa, quais recursos utiliza para enfrentar a situação, e de que forma o estilo de vida ou estado emocional pode estar contribuindo para potencializar a percepção da dor.


Durante a avaliação é obtido dados referentes a característica da dor, fatores agravantes, nível de conhecimento que a pessoa tem sobre a doença e o tratamento; Identificar as incapacidades na vida rotineira e fatores psicossociais.

As ferramentas mais utilizadas pelos profissionais são:

  • Escala visual analógica (EVA),

  • Inventário de atitudes frente à dor - (IAD),

  • Medidor,


Logo, as falhas na formação médica para dor, ainda é um dos principais do motivos do manejo inadequado da Dor. Assim como a precariedade de recursos instrumentais validados para a compreensão da dor, que precisam ser reformulados e melhor pesquisado.



Tratamento não farmacológico da dor.


A classificação correta da dor é fundamental para a escolha correta do tratamento a ser realizado. Pois o tratamento adequado é essencial para evitar a progressão de uma lesão, Além de oferecer subsídios para o alivio do sofrimento que engloba o sentir dor.


O tratamento da dor é realizada com analgésicos, anti-inflamatório não hormonais e relaxamentos musculares, antidepressivos tricíclicos, antidepressivos duais e anticonvulsivantes gabapentinóides. Além dos tratamentos multimodal e interdisciplinar.


No entanto, existem algumas barreiras para o manejo da dor, desde a resistência do cliente ao uso de inúmeros medicamentos até os efeitos colaterais,

Pois, os efeitos adversos de muitas terapias podem reduzir a qualidade de vida, ocasionando no abandono do tratamento. Desta forma, a associação de terapias coadjuvantes potencializam a analgesia sem resultar no aumento dos efeitos indesejáveis.

Se destacam a Acupuntura, Massagem, Drenagem Linfática, Meditação, Laser terapia, Hipnose, Manipulação da Fáscia, Cromoterapia, Indução Terapêutica, Método Alma Soma. Em alguns casos, a mera verbalização assegura o término do processo doloroso e propicia  alívio total.



Manipulação da Fáscia, Método Dr Fáscia.


Dor como pedido de socorro.


A dor vem mostrar que algo não está indo bem em sua vida e que você está limitado para resolver determinadas questões significativas.

Segundo Cairo, 99; Quando uma pessoa está sobrecarregada de serviços e responsabilidades, contrariando seu bem estar e prejudicando seu amor próprio, seu inconsciente atuará, avisando-a que está na hora de refletir e fazer mudanças;

Logo, a dor pode esta sinalizando a falta de apoio, de compreensão, para resolver problemas, desta forma, uma pessoa pode desenvolver inconscientemente o sentimento de auto culpa, por não conseguir resolver suas pendencias pessoais, sociais, espirituais.


Para muitas pessoas o corpo ainda é utilizado como forma de punição experimentada pelos seus ancestrais provocada por muitas pessoas com intenção de livrar do corpo as impurezas mundanas, os pecados cometidos.


Fulano, descreve que uma pessoa não sofre apenas por lesão física, mas também pelo resultado dos comportamentos sociais, espirituais, emocionais que uma situação vivenciada pode resultar.

A Dor pode ser provocada por muitas pessoas com intenção de livrar do corpo as impurezas mundanas, os pecados cometidos.

Assim como tem crescido a Dor qualificada como dor da alma, do coração ou da emoção. Subjetiva, de difícil compreensão, referida como uma dor que aperta o peito, e um vazio que dilacera a alma e atinge todo o sistema. No entanto é apenas uma parte do sofrimento moderno causado pelo empobrecimento das relações interpessoais.


A sensação de dor é vista como subsidio da sobrevivência, pois, funciona como um sistema de alarme mediante a alguma ameaça e resistência ao ataque que esta sendo agredido. E a emoção gerada pela experiência.


No entanto é preciso mais pesquisas e investimento para o desenvolvimento de ferramentas capazes de aferir a dor emocional e sugerir protocolos de abordagem eficientes.

Hoje, uma abordagem é feita através da compreensão humana pelo olhar holístico. As mãos que acolhem e acarinham não são observadas pelas respostas de neurotransmissores e as relações cerebrais.

Muitas pessoas recorrem as tratamentos de saúde para na verdade buscar reparos de danos emocionais, buscando nos profissionais aquilo que lhes foram negados na família, amigos, e sociedade.




Por:

Renata Cunha

Enfermeira

Terapeuta Holística

Terapeuta Quântica

Especialização Dor e Inflamação




 
 
 

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